“Aos 29 dias do mês de agosto do ano de 1972…” nascia o Centro de Cultura Luiz Freire (CCLF), como uma “associação civil de caráter cultural, sem objetivo econômico que se proponha a estudar, preservar e divulgar por todos os meios legítimos as diversas formas de manifestações culturais ligadas direta ou indiretamente à Olinda” – com aspas diretas da nossa ata de fundação!
Forjado na luta da resistência democrática à ditadura civil militar, e como uma estratégia de renovação artístico-cultural, o CCLF ao longo desses 53 anos juntou esforços com inúmeros sujeitos políticos do campo dos Direitos Humanos, e marca a história da Democracia brasileira:
- Participamos diretamente do fortalecimento das organizações populares e comunitárias;
- Contribuímos para o fortalecimento de instâncias de discussão e co-gestão de políticas públicas – conselhos setoriais e fóruns nas área de educação, criança e adolescente e assistência social;
- Atuamos na fundação do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH) e da criação e consolidação da Associação Brasileira de ONGs (Abong);
- Estivemos imersos no debate do processo de elaboração da Constituição Federal de 1988;
- Participamos ativamente da luta pela elaboração e implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA);
- Em 1984 é criada a TV Viva – A Sua Imagem, a primeira televisão comunitária a céu aberto das Américas;
- Nos anos 1990, somos pioneiros no monitoramento de políticas públicas de Justiça e Segurança;
- Avançamos no campo da intervenção em políticas pública educacionais de educação infantil, educação indígena, educação quilombola e na leitura como dimensão da qualidade da educação;
- Atuamos pelo Direito Humano à Leitura com a Biblioteca Solar de Ler.
Entre outras (muitas) lutas!
Temos como missão contribuir para a radicalização da Democracia na sociedade, com participação cidadã e tendo nos Direitos Humanos o norte de atuação. Educação, Cultura e Comunicação são mais do que palavras-chave, são os nossos guias para a promoção e defesa dos Direitos Humanos, que são universais, indivisíveis, interrelacionados e interdependentes.
Nossos projetos, ações e atividades têm refletido isso, aqui citamos os atuais e mais recentes: Educquilombo nos PMEs; Escolas Seguras e Acolhedoras para Meninas e Jovens Mulheres em Pernambuco; Papo de Meninas; Ciranda – Cidades para a Primeira Infância; Papo de Mulher; Escola de Índio; Quartas Literárias; Saber e Luta; No Centro do Debate; Criança Cidadã; e muito mais!
É muita história para contar em tão poucos parágrafos, afinal são 53 anos. E para os próximos 53, seguimos acreditando num mundo mais justo e solidário, que se constrói ao lado de inúmeros parceiros e parceiras nas lutas pela efetivação de direitos (e criação de novos direitos). Vida longa!
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