Interessado por teatro desde a sua adolescência, Daniel Barros iniciou sua carreira como ator em 2001, quando começou a integrar boa parte das produções do professor Carlos Salles, quem o contaminou com sua paixão pela atuação. Desde então, Daniel não parou. Em 2009, o ator entrou no Coletivo Grão Comum e considerou esse momento um divisor de águas, como ele mesmo falou: “passei a ter uma ideia maior do que é ser ator/artista nesta cidade”.

Além disso, participou também do Grupo de Teatro de Rua Loucos e Oprimidos da Maciel; atualmente é ator do Baile do Menino Deus, desde 2006; atuou no Coletivo Angu de Teatro; é integrante do projeto Trilogia Vermelha, do Coletivo Grão Comum; recentemente participou do filme Piedade, dirigido pelo diretor caruaruense Cláudio Assis; e está em cartaz na peça Temporadas do Profeta, no Teatro Arraial Ariano Suassuna.

Premiado duas vezes, Daniel Barros é um dos criadores no grupo Cena Off e vai iniciar um curso de formação para todos os públicos, a partir dos 16 anos, no Centro de Cultura Luiz Freire. Chamado “A Presença Cênica”, a formação irá focar em duas figuras do teatro: o diretor Yoshi Oida, uma das principais referências do teatro oriental, e da Anne Bogart, diretora estadunidense que trabalha com a Teoria Viewpoints – nove princípios bases do tempo e espaço. Em entrevista, Daniel reforça a possível participação de todos os corpos, inclusive cadeirantes. “Cada corpo recebe a linguagem a partir das suas referências, memórias e capacidades, e não há diferenciação de apreciação estética. Tudo é a forma que você recebe e que você repassa.”

Com o objetivo de não só criar atores, mas também mostrar que o teatro pode ser terapêutico, uma vez que pode contribuir para um ser humano mais assertivo e crítico, Daniel fala da importância de cursos para a formação de novos artistas e plateia para que a linguagem do teatro não se enfraqueça. Quando questionado sobre a dificuldade de ser um ator/artista no nosso estado, ele afirma: “o brasileiro, no geral, não tem paciência para assistir uma peça, por exemplo. Falta uma cultura de reconhecimento e formação de platéia nas escolas e nas casas do nosso país. E apenas com a educação podemos realizar essa valorização”.

O curso acontece todas segundas e quartas, das 19h às 22h, no Centro de Cultura Luiz Freire, 181, Carmo – Olinda. Para se inscrever, basta entrar em contato pelos telefones: 81 9.9810-1724 / 9.9536-6988; ou pelo email presencacenicacurso2018@gmail.com.

 

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