Juventude do projeto Educquilombo lança série de vídeos em defesa da educação escolar quilombola

O Núcleo de Juventude, Educação e Comunicação do projeto Educquilombo – Educação Escolar Quilombola, apoiado pelo Fundo Malala, lança sua primeira produção de uma série de vídeos que abordam a importância da educação, da terra e da ancestralidade. Essa iniciativa tem como objetivo promover o diálogo e o engajamento em torno da efetivação da Lei das Diretrizes Curriculares da Educação Escolar Quilombola no município de Mirandiba, sertão de Pernambuco.

Em comemoração à Semana do Meio Ambiente, que se encerrou no último dia 9, a estreia trata da relação entre o meio ambiente e a educação escolar quilombola. Jovens ativistas, residentes nos 27 quilombos da região, revelam uma realidade alarmante que afeta as comunidades quilombolas da cidade.

As estudantes da rede municipal e estadual compreenderam que a ausência de coleta de lixo e a prática de queimadas, como alternativa encontrada pela população, têm causado a contaminação do ar e do solo, prejudicando a saúde e tornando impossível uma vida digna para os quilombolas, sendo uma prática do Racismo Ambiental.

Nesse contexto, é importante ressaltar que as mudanças climáticas desempenham um papel fundamental nessa situação. O Fundo Malala destacou, durante a COP 26 em 2021, que essas mudanças também impactam diretamente o acesso das meninas ao ambiente escolar, não só em Mirandiba, mas em todo o mundo.

Unindo suas vozes e experiências, essas jovens ativistas convocam as autoridades a garantirem um ambiente saudável e favorável à educação escolar quilombola, promovendo o desenvolvimento sustentável das comunidades quilombolas e valorizando os recursos naturais.

Para assistir ao vídeo completo, acesse o canal da TV Viva no YouTube: youtube.com/@tvviva9514.

SOBRE O PROJETO

O projeto Educquilombo tem como objetivo implementar as Diretrizes Curriculares da Educação Escolar Quilombola, estabelecidas pela Lei Municipal Nº 683/2020, uma conquista da primeira fase do projeto. Agora, com seus eixos programáticos divididos em incidência política, formação e mobilização comunitária junto às lideranças quilombolas e juvenis, a iniciativa busca garantir uma educação de qualidade, diferenciada, contextualizada e intercultural no município, que possui 80% de sua população negra e 27 quilombos em diferentes estágios de reconhecimento.