A história de Nêgo Bispo não tem um fim. Na ancestralidade ela tem um novo começo. “Começo, meio e começo”, palavras dele.

Defensor das sabenças vivas, como conta em seu livro Composto Escola: Comunidades de Sabenças Vivas, Nêgo Bispo é uma referência para todes, especialmente para os quilombos. E os quilombos eram sua referência. Questionando as práticas coloniais dos estudos intelectuais, Nego Bispo levava em consideração as referências históricas como ponto de partida. A oralidade que não pode ser queimada. A Educação Escolar Quilombola na prática.

Autor do termo “contracolonialismo”, nos ensinava sobre relações ambientais, relações de compartilhamento, relações de envolvimento… Um pensador corajoso, ousado, provocador, generoso, que nos guia e nos faz girar.

Que sua sabedoria permaneça sendo fonte para o aquilombamento. Que continuemos crescendo porque ensinamos. Nego Bispo está vivo porque suas palavras são germinantes!

Foto: Arquivo pessoal